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segunda-feira, 29 de abril de 2013

Com a palavra: a Criança (2)


Ao perceber duas meninas brincando percebo que estavam na mesma sintonia. Dialogavam, alcançavam-se brinquedos; enchiam potes de areia, dos mais variados modelos, e volta e meia, derramavam e enchiam novamente. às vezes levantavam, mas logo voltavam ao lugar. Claramente, na minha visão de adulta deduzi que brincavam de casinha. Mas não me ative as minhas conclusões e, vagarozamente, me dirigi ao espaço e perguntei do que brincavam. 
A menina de olhos "cor de jabuticaba" respondeu: 
" - De escritório!"
E a outra, com olhos "cor de céu", complementou: 
" - De restaurante!"
Então me afastei e elas continuaram a brincar. Percebi que, naquela brincadeira repleta de cumplicidade, cada uma criava um contexto. 
É hora de deixarmos de deduzir a abrir os olhos para a infância e suas peculiaridades. O universo infantil é grandioso, genial e as crianças devem ser ouvidas. Contudo acredito que nossa ação deva ser sutil, para não atrapalhar estas criações.


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